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UM XEQUE MATE NA DOENÇA DE ALZHEIMER
O jogo de xadrez pode ser considerado como um preventivo contra as doenças mentais, tais como a doença de Alzheimer?
No artigo mais recente sobre o assunto, Carlos Ilardo (The Nation) lista a visão de especialistas locais e "interessados", como por exemplo, o jogador de xadrez mais velho em atividade na Argentina, Francisco Benkö, na época da entrevista com 90 anos de idade: "Eu agradeço ao xadrez ter estado presente em minha longa vida. Falo com propriedade de todos os benefícios da sua prática e acredito que ele seja um antídoto contra a doença de Alzheimer".
Foto 2: Francisco Benkö, de 97 anos. O enxadrista mais velho em atividade na Argentina
Outro renomado jogador argentino, Oscar Panno, hoje com 80 anos de idade diz: “Já faz algum tempo que tenho refletido a respeito deste e o fato é que não conheço nenhum enxadrista, e quando digo enxadrista me refiro a jogadores de grande força de jogo, que tenha padecido do mal de Alzheimer. Na Argentina, os jogadores mais veteranos que faleceram não tiveram nenhum tipo de enfermidade relacionada ao Alzheimer. O mesmo sucede com os jogadores que conheci e que viviam na Europa... até hoje eu não tenho noticia de que alguns destes jogadores sofreram desta doença. Acredito que a medicina poderia explorar melhor este tema, pois parece evidente que o jogo de xadrez faz algo com os neurônios dos praticantes impedindo o Alzheimer de penetrar em suas mentes”.
A seguir o artigo publicado por Carlos A. Ilardo em LA NACION:
Novos avanços da ciência assinalam os benefícios da prática do milenar jogo de xadrez na luta contra a enfermidade (Alzheimer) descoberta em 1906. Não se tem noticia de enxadristas que tenham padecido deste mal.
Desde a sua origem, remota e incerta, o jogo de xadrez tem sido fruto de estudo, analises e comentários a respeito das virtudes da sua prática. Também é fato que o jogo sofreu perseguições e proibições por parte da igreja católica e de governos iranianos e afegãos por seu poder de persuasão nas mentes de seus fiéis.
Em seus quase cinco séculos de história documentada, o jogo de xadrez tem sido qualificado desde um mero entretenimento ou passatempo com alto conteúdo tático e estratégico bélico, passando por um “jogo ciência”, até como uma ferramenta pedagógica de primeira ordem na formação de indivíduos. Uma partida de xadrez constitui por si só, em um exercício em que a cada instante, o calculo, a visualização, a intuição, o raciocínio abstrato e concreto, a velocidade de processamento e a organização de uma ampla gama de informações e tomada de decisões o convertem em um treinamento mental excelência. Diferentes ciências tentam decifrar o elaborado processo mental de seus jogadores.
Não há duvidas de que o jogo de xadrez é uma das mais interessantes criações da mente humana, cuja pratica facilita o desenvolvimento de varias faculdades mentais.
Acredita-se que com os novos avanços da ciência médica será possível demonstrar que o jogo de xadrez realmente é útil na prevenção do mal de Alzheimer A tese em questão consiste em determinar se a prática do jogo de xadrez é capaz de treinar o cérebro humano para protegê-lo das enfermidades degenerativas.
Foto 3: Comparação de um cérebro envelhecido normal e o de uma pessoa com Alzheimer
Talvez seja, ainda, precipitado assinalar o jogo de xadrez como um antidoto à doença descoberta em 1906 pelos médicos alemães, Alois Alzheimer e Emil Kraepelin, cujas consequências atingem cerca de 400.000 argentinos. No entanto já existem algumas evidencias sobre os benefícios de sua prática.
Em entrevista ao LA NACION, o Dr. Facundo Manes, diretor do Instituto de Neurociência de la Fundación Favaloro, assinalou: "Neste momento ainda não estamos seguros das causas que conduzem a mal de Alzheimer. Logo, fica difícil dizer que podemos preveni-la. No entanto, um grande numero de experimentos mostram que a exercitação mental, como a do jogo de xadrez, pode ajudar a reduzir a queda das funções intelectuais em pessoas normais".
E completou: "O jogo de xadrez é, sem duvida, uma maravilhosa forma de desafiar nosso cérebro, que na juventude se confronta com constantes situações de trocas e desafios. Com o passar dos anos temos s tendência de restringir nossas atividades a situações que conhecemos e com as quais nos sentimos confortáveis. Desta maneira o cérebro fica menos estimulado o que limita o seu ótimo funcionamento. O jogo de xadrez fomenta novas situações e é muito bom para proteger nosso cérebro. Ainda que não seja o único, o xadrez é um fator de prevenção da deterioração cognitiva”.
Enquanto isso, na Espanha, a neuropsicóloga, Dra. Isabel de la Fuente iniciou vários estudos em pacientes, usuários de quatro centros especializados para idosos (CEAM): o de Torrente, Jorge Juan, Ilhas Canárias e Valência Cabañal. A estes idosos se propiciou o aprendizado do jogo de xadrez nas suas terapias e os resultados encorajadores obtidos estão levando a novos e maiores estudos.
O CÉREBRO E A ATIVIDADE COGNITIVA
Foto 4: Dr. Facundo Manes, Director do Instituto de Neurociencias de la Fundación Favaloro:
É possível treinar o cérebro e este treinamento nos protege frente a deteriorização cognitiva. Acredita-se que a estimulação cerebral com uma atividade intelectual continua poderia criar novas conexões entre os neurônios e diminuir a morte neuronal. Sem duvida, o jogo de xadrez é um treinamento de habilidades como a planificação, a memória, a tomada de decisões e a concentração. Diversos estudos têm demonstrado que a exercitação cognitiva pode atrasar a aparição de transtornos desse tipo e das funções intelectuais. A estimulação do cérebro com o xadrez impacta positivamente nas funções do conhecimento a longo prazo e sem duvida é importante para prevenir sua deterioração.
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