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POEMA EM HOMENAGEM A LUCIANO DO VALLE (*)
Luciano agora é luz estelar
Luciano sempre foi luz
Não era à toa que seu nome era luz, luz de Luciano
Em sua vida, só fez por iluminar
Da simples bola na caçapa, ao saque jornada nas estrelas
Do drible surpreendente aos motores das máquinas das pistas
Tudo era emoção verbalizada na voz desse gênio singular
Só ele conseguiu agigantar ainda mais os gigantes do esporte tupiniquim
Amou o Brasil por meio de atitudes
Nunca necessitou declarar seu amor a este país que tanto amou.
Tal qual o Rei Midas fez com que tudo que tocasse virasse ouro
Mas, ao contrário, da sina desse rei, Luciano permaneceu humano em sua plenitude
Sua extrema generosidade foi terra fértil para tantos que precisaram
Soube equilibrar genialidade e humildade
Tal qual grandes artistas narrava, enriquecia com tintas e sons
O que poderia ser apenas mais um lance previsível
O pouco se avolumava por enfatizar o oculto em cada imagem
A excelência ganhava tons épicos, virava odisseia
Hoje, a bola rola com menor desenvoltura
Está faltando aquele olhar que lhe aumentava a grandeza
Mas essa luz, luz de Luciano,
Certamente iluminará a vida de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo
Vai, amigo, você que engrandeceu tanto nosso esporte
Que nos contemplou com seu incomparável talento
Inevitavelmente sobreviverá definitivamente em nossa memória
Siga em Paz, luz de Luciano!
(*) Texto escrito pelo Prof. Roberto Telles de Souza (Sociólogo)
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