- Gazeta Guaçuana – 23.05.2013M E T R A L H A D O R A
Maurinho AdornoJoaquim Barbosae os partidos políticosCom todo o respeito que ele merece, não posso concordar com o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua menção de que no Brasil os partidos são “de mentirinha”. Ele errou: o certo não seria usar o diminutivo e sim o aumentativo: “mentirão”. Não sei se existe a palavra “mentirão”, mas se não existe eu a uso assim mesmo, para definir grandeza, ou seja, defino os partidos como enormes mentiras. Mentiras do tamanho de um bonde, como se diz na linguagem popular. Há exceções. Poucas, mas há.No passado recente, com a ditadura militar de 1964, o bipartidarismo surgiu com a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e com o Movimento Democrático (MDB). Eles eram fervorosos, cada um defendendo sua bandeira: o primeiro pretendendo se firmar no poder a ferro e fogo, e o segundo, buscando a redemocratização do país. A abertura política deu oportunidade à criação de novos partidos. Transformações na situação e na oposição, com siglas que deveriam atender às mais variadas correntes de pensamento. Sempre defendi que os partidos – todos – devem buscar os cargos mais importantes, justamente para implantar seus planos de governo.Nos dias atuais, com 30 partidos, os brasileiros assistem a uma batalha aguerrida entre eles para conquistar as benesses do poder, num jogo onde entra o compadrio político. Não há dúvida de que alguns dos chamados “nanicos” são partidos de aluguel: vendem apoio, e nas coligações cedem o apoio em troca de cargos aos seus correligionários. São os chamados partidos de “mentirinha” para o ministro Barbosa ou de “mentirão”, segundo minha ótica.Mas, não são apenas os “nanicos” que se submetem à subserviência do governo central. O PMDB, um dos maiores, deveria estar na oposição, na busca de defesa de sua ideologia programática, mas se curvou ao Partido dos Trabalhadores (PT), tão logo a sigla ascendeu ao poder, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se contentou em emplacar o vice-presidente e, melhor que isso, colocou diversos de seus pares nos mais cobiçados cargos da administração federal. Não tenho a menor dúvida de que descobriu a fórmula magia: ser adesista ao poder rende mais benefícios com menos desgaste.Voltando ao Barbosa. Ele falou sobre a classe política como cidadão e professor universitário. É um direito dele como brasileiro e eleitor. Não disse nada mais que o óbvio e ululante. No Brasil não há partidarismo – o eleitor vota em pessoas e, infelizmente, na maioria dos casos, nos políticos que têm boa oratória ou que se especializaram em fazer propostas mirabolantes. Ninguém conhece os estatutos partidários, incluindo a maioria dos políticos. É cultural. Diferente da democracia americana em que a população se identifica e conhece os estatutos dos Democratas ou Republicanos.As reações ao pronunciamento do ministro na seara política são as mais diversas, cada um buscando fazer uma interpretação para justificar a inoperância ou a subserviência ao poder. Obviamente muitos tentam desacreditar o magistrado. Mas, achei coerente a colocação do senador Agripino Maia, presidente do DEM. Ele disse: “houve uma opinião. Nos fere? Claro que nos fere. Agora é uma opinião que tem que ser considerada e tem que ser avaliada”. Espero que os políticos, feridos ou não, avaliem a fala de Barbosa, vistam a carapuça e mudem o comportamento vil a que se submetem.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
MDB - QUE SAUDADE TENHO DE VOCÊ... METRALHADORA DO MAURINHO ADORNO TROUXE MUITA SAUDADE... Leia a crônica deste sapiente amigo que trouxe mais ADORNO À NOSSA SAUDADE DA JUVENTUDE DO M.D.B ...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário