sábado, 26 de janeiro de 2013

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Tamoios terá segunda pista com 21,5 km no trecho da serra do Mar



EDUARDO GERAQUE

DE SÃO PAULO



Para atenuar o impacto ambiental, os 21,5 km do trecho de serra da nova pista da rodovia dos Tamoios serão totalmente descolados do trajeto atual.
A duplicação pura e simples da estrada existente causaria um impacto ambiental gigantesco na mata atlântica que está dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, segundo o governo, o que tornaria impossível obter as licenças ambientais necessárias.
Nas palavras do presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, seria uma obra "ilicenciável".
Por isso, a alternativa escolhida é fazer uma pista "à parte", que, se tudo der certo, deverá ficar pronta em 2017.
Para conseguir as licenças ambientais -o governo espera obter a primeira delas, a licença prévia, em abril-, a Dersa optou por fazer grandes túneis durante todo o trecho de transposição da serra do Mar.
Zanone Fraissat - 14.nov.12/Folhapress
Movimento na rodovia dos Tamoios na altura do km 66, no sentido litoral de São Paulo
Movimento na rodovia dos Tamoios na altura do km 66, no sentido litoral de São Paulo
Dos 21,5 km totais, 12,6 km serão de túneis e 2,5 km de viadutos. Haverá túneis menores, paralelos aos principais, para serem usados como rotas de fuga em eventuais incêndios ou engavetamentos.
"A rodovia está desenhada para ter o mínimo impacto possível dentro do parque e para dar segurança ao motorista", diz Lourenço.
Em acidentes, o trecho de serra da Tamoios é um dos mais perigosos do Estado.
Pelo projeto apresentado no estudo de impacto ambiental, que pode sofrer ajustes, a atual Tamoios será usada para descida. A subida passaria a ser feita pelo novo traçado.
As rampas serão menos inclinadas do que as atuais e o traçado menos sinuoso. Os veículos grandes poderão chegar ao planalto com a velocidade constante de 80 km/h. Hoje, em algumas curvas, ela não passa de 30 km/h, mesmo com trânsito totalmente livre.
Apesar de todo o esforço do governo em fazer um projeto com pouco impacto, a nova Tamoios, no trecho de serra, deverá afetar 188 hectares -como comparação, o parque Ibirapuera, tem 160 hectares.
Desse total, 56 hectares estão em áreas ainda bem preservadas da mata atlântica.
A floresta que recobre a serra do Mar é o ecossistema mais destruído do Estado. Em 2011, segundo a SOS Mata Atlântica, 216 hectares foram ceifados.
Editoria de arte/Folhapress
VIDA ÚTIL
O investimento de R$ 2,1 bilhões apenas no trecho da serra deverá render uma estrada com 25 anos de vida útil, estima Lourenço.
Se hoje o trânsito é carregado, inclusive fora dos períodos de férias e feriados, ele deverá voltar a ficar livre com a inauguração de todos os três novos trechos (veja texto acima).
Mas o próprio estudo da Dersa mostra que o conforto ao motorista, nas férias, pode durar apenas dez anos, se a ampliação do porto de São Sebastião sair do papel.
Mesmo com a obra, o trânsito não deve acabar durante o Carnaval e o Ano-Novo. "São dois grandes picos. O investimento para resolver essa demanda não se justifica", diz o presidente da Dersa.
PARCERIA INCERTA
De acordo com Laurence Lourenço, presidente da Dersa, o governo de São Paulo ainda estuda se o trecho de serra da Nova Tamoios será feito como uma obra pública ou por meio de uma parceria público-privada. O mais importante, diz o executivo, é o custo em questão.
Como muitas vezes os governos têm obtido linhas de financiamento mais baratas do que o setor privado, nem sempre as parcerias com as empresas têm se mostrado muito vantajosas.

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