No primeiro Mundial realizado no país, o título escapou da forma mais dolorosa possível. Neste sábado, time inicia preparação para não repetir essa história
O treino desta sexta em Goiânia: reencontro com a torcida (Luiz Fernando Menezes/Fotoarena)
A eliminação da Copa parece mesmo ter ficado mais distante, e a equipe foi recebida com uma enorme festa em Goiânia. E não faz mal nenhum ter um popstar, Neymar, no time
Já se vão mais de seis décadas desde a maior derrota da história do esporte brasileiro, mas suas feridas parecem jamais ter cicatrizado por completo. Essas memórias deverão ser repetidas à exaustão quando a seleção brasileira voltar ao Maracanã para disputar a Copa do Mundo de 2014, no mesmo palco em que deixou escapar o título do Mundial de 1950. O "Maracanazo" foi extremamente doloroso, uma das maiores decepções coletivas já vistas no esporte - calcula-se que cerca de 200.000 pessoas tenham presenciado a derrota, de virada, do Brasil para o Uruguai. Sessenta anos atrás, porém, a Copa era um acontecimento de muito menor impacto, e o Brasil ainda não era o maior vencedor de títulos do futebol internacional. Portanto, é difícil até tentar imaginar o tamanho da pressão que os atletas da seleção vão sentir quando o Mundial começar. Para lidar com essa obsessão da torcida pela conquista do hexa, nada melhor que começar a se preparar desde já. E é dentro desse contexto que a seleção começa sua longa caminhada em gramados nacionais rumo à disputa do segundo Mundial sediado no Brasil, dentro de mais três anos.
O primeiro jogo desse ciclo acontece neste sábado, em Goiânia - e contra uma seleção que ajudou a pressão pela conquista da Copa de 2014 ficar ainda maior. Vilã da eliminação brasileira do Mundial de 2010, na África do Sul, a Holanda já tinha despachado o Brasil de uma Copa também em 1974. Um adversário ideal, portanto, para testar a reação dos jogadores à expectativa da torcida local, ainda que o jogo seja apenas um amistoso. Na partida, marcada para as 16h10 (no horário de Brasília), no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, só três atletas que encararam os laranjas no duelo de quartas-de-final em Port Elizabeth estarão em campo. As lembranças da eliminação, porém, estão vivas na cabeça de todos - ainda que o grupo rejeite o sentimento de vingança contra os holandeses. Mas o mais importante disso tudo é mesmo o reencontro com a torcida brasileira, que não vê uma partida de sua seleção ao vivo desde 2009 - e com quem a equipe de Mano Menezes precisa criar uma relação especial antes que o Mundial comece. Jogar a Copa em sua própria casa sem uma torcida confiante na equipe seria uma missão ainda mais inglória.
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