POEMA CAIPIRA (dedicado aos velhinhos do belo cond.quisisana - Poços de Caldas... onde as águas medicinais devolvem a fonte da juventude - colavboração do Flávio Turco)
Um amigo meu, muito amigo e muito maldoso, que não cansa de dizer o quanto melhorei depois que virei poçoscaldense, apesar do "acréscimo de fios alvos nas minhas madeixas" (cabelos brancos mesmo...), mandou essa poesia, de autoria desconhecida, que circula pela internet. Disse que identifica muito o conteúdo comigo. Jurei vingança!
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Vô contá como é triste ao vê a veíce chegá,
Vê os cabêlo caíno e vendo as vista incurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá,
Vê aquilo esmoreceno, sem força prá levantá.
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As carne já vão sumino, vai aparecêno as vêia,
As vista vai diminuíno e cresceno a sombrancêia.
As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia,
Os ôvo fica dipindurado e o pinto sempre arquêia.
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A veíce é uma triste doença que dá em todo irmão,
Dói os braço, dói as perna e dói os dedo da mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão,
Dói tudo e ninguém qué mais vê o jogo do timão.
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Quando a gente fica véio, tudo de ruim acontece,
Vamo passano pelas rua e as menina se oferece.
A gente óia tudo, mas pede discurpa e agradece,
E vai logo correno pro médico de prantão do INSS.
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No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava,
Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.
As menina mais bonita da cidade eu bolinava,
Eu namorava todo dia, o bichim nem descansava.
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Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis
As coisa que eu fazia, hoje já num sô capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz,
E prá falá a verdade, nem trepá eu trepo mais.
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Quando chega a veíce, tudo na vida vira desgraça,
Até pra cantá as muié todo hóme véio se embaraça,
Quando pega a muié, vai pra cama, beija e abraça,
Porém só faz duas coisa: sorta pum e acha graça.
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