A partida contra o Equador, na madrugada de hoje para amanhã, à 0h10 (de Brasília), ganhou tons dramáticos para a seleção brasileira. A vitória devolve a confiança à equipe comandada por Ney Franco, que vem de derrota por 2 a 1 diante da Argentina, e a mantém no topo da classificação do hexagonal final do Campeonato Sul-Americano, competição que classifica os quatro melhores para o Mundial da categoria, em julho, na Colômbia, e os dois primeiros colocados para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Um revés, porém, complica de vez o sonho olímpico. O Brasil é o atual segundo colocado, com seis pontos (ao lado da Argentina) e veria o Equador, que tem cinco, ultrapassá-lo. O uruguaios, que enfrentam os argentinos, lideram a competição com sete.
O drama brasileiro está concentrado nos problemas que Ney Franco tem para montar o time. Acostumado a ter todos os atletas à disposição - o Brasil entrou com a mesma formação nas três primeiras rodadas da fase decisiva -, o tropeço diante dos principais rivais parece ter detonado uma série de contratempos. Neymar, artilheiro do time, com sete gols, e principal estrela do Sul-Americano, está suspenso por ter recebido o segundo cartão amarelo. O mesmo se aplica ao zagueiro Juan, expulso no último jogo. Para piorar, a zaga perdeu também o capitão Bruno Uvini, que sofreu lesão na fíbula e voltará ao Brasil para seguir seu tratamento.
Como se não bastassem as ausências de três titulares, a comissão técnica tem demonstrado muita preocupação com o aspecto emocional do grupo. Desde a goleada por 5 a 1 sobre o Chile, na abertura do hexagonal, os jogadores deram sinais de que "pegam pilha", ou seja, se irritam com muita facilidade. Diante dos argentinos esse problema só ficou ainda mais evidente. Mesmo sem declarações polêmicas por parte dos adversários, os brasileiros entraram no jogo nervoso, comportamento que resultou na expulsão de Juan logo aos seis minutos de partida e no cartão amarelo que tirou Neymar do encontro com os equatorianos.
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