sábado, 26 de fevereiro de 2011

DESGRAÇA POUCA, DIZEM QUE É BOBAGEM!

(o colaborador José Toledo esta atendo; eu não invento e nem aumento...)

- Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.

- Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?

- Ah, eu só tô ligano para visá pro sinhô qui o seu papagai morreu.

- Meu papagaio? Aquele que ganhou o concurso?

- Êle mermo.

- Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas morreu de que?

- Dicumê carne istragada.

- Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?

- Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalos morto.

- Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?

- Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça dágua!

- Tá louco? Que carroça d'água?

- Prapagá o incêndio!

- Mas que incêndio, meu Deus?

- Na sua casa, uma vela caiu, aí pegô fogo nascurtina!

- Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?

- Do velório!

- De quem?

- Da sua mãe! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era ladrão!

- Meu Deus, que tragédia! - e o homem começa a chorar.

- Peraí sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagai, vai?

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