sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CASO DA EX-ESCRIVÃ: DEIXARAM NUA - MAS TÁ DANDO PANO P'RA MANGA...

Secretaria de Segurança transfere corregedora

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, transferiu a delegada Maria Inês Trefiglio Valente da diretoria da Corregedoria-Geral da Polícia Civil para a Delegacia-Geral de Polícia Adjunta. De acordo com comunicado oficial, quem responderá pela corregedoria é o delegado Delio Marcos Montresor. As informações são do Portal G1.

Maria Inês defendeu a atuação dos delegados que tiraram à força as roupas de uma ex-escrivã investigada por corrupção, ao dizer que eles agiram "dentro do poder de Polícia". O comunicado da secretaria, porém, não cita o caso como causador direto da transferência.

Ferreira Pinto já havia determinado o afastamento de dois delegados da Corregedoria que aparecem no vídeo. Segundo a secretaria, um terceiro delegado que também esteve envolvido na ação não integra mais os quadros do departamento.

O caso
A ex-escrivã, acusada de cobrar R$ 200 de um suspeito de porte ilegal de arma para favorecê-lo no inquérito, teve a calça e a calcinha arrancadas à força na presença dos delegados da Corregedoria, de uma policial militar e uma guarda-civil no 25º Distrito Policial, em Parelheiros, no dia 15 de junho de 2009.

Ela se recusou a tirar a roupa na frente de homens e disse que só se despiria na presença de mulheres. Mas um dos delegado disse que era preciso a presença dele na sala para que a escrivã não alegasse que a PM e a Guarda Metropolitana forjaram a prova do crime, caso encontrassem algum dinheiro com ela.

Mesmo sem a presença de uma policial feminina da Corregedoria, os policiais homens algemaram a então escrivã com as mãos para trás, a jogaram no chão, a seguraram e baixaram suas roupas, deixando-a nua da cintura para baixo. A ação foi gravada pela Corregedoria. Doze minutos do vídeo caíram na internet.

O delegado responsável pela investigação aparece no vídeo com quatro notas de R$ 50 após a ex-escrivã ficar seminua. A Corregedoria arquivou o processo contra os policiais, considerando que eles agiram com "moderação". A dupla alegou que o vídeo mostra as tentativas para que ela se deixasse revistar sem o uso da força.

Dupla humilhação
A acusada cursava o 5º ano de Direito na época. Ela já respondeu a processo administrativo e foi exonerada da Polícia Civil em outubro de 2010. O advogado da ex-escrivã tenta reverter sua exoneração e o inquérito criminal ainda corre na Justiça. A primeira audiência do caso só deverá ocorrer em maio, conforme seus advogados.

"Foi um excesso desnecessário. Ela só não queria passar pelo constrangimento de ficar nua na frente de homens", disse o advogado Fábio Guedes da Silveira. Em entrevista ao G1, a acusada afirmou que se sente humilhada em dobro com a veiculação do vídeo na internet com a cena dentro da delegacia. "É uma dupla humilhação, no dia e agora."

2 comentários:

Anônimo disse...

O que esses caras fizeram foi a coisa mais nojenta que eu assisti nos últimos tempos aqui na internet...
Não tenho nem palavras pra dizer como foi absurda a atitude desses caras...
Monstros nojentos, isso é o que eles são...
Esses estupradores tem que ser processados, expulsos da polícia e depois serem trancados em uma cadeia...
Estou com muita raiva nesse momento...
Se eu pudesse, eu gostaria de pegar um porrete e bater muito nesse valentão de camisa vermelha...
Vagabundo covarde...

Unknown disse...

CONCORDO PLENAMENTE COM O COMENTÁRIO DO ANÔNIMO. Desde que tomei conhecimento do tal fato monstruoso, não me sai da cabeça a impressão de tamanha maldade contra a dignidade de um ser humano.