quarta-feira, 15 de setembro de 2010

(do Flávio Turco André - uma alegria p'ro pessoal que visita o sul das Minas... - Êta Minerada boa...)

INDO PARA A PESCARIA...


Os dois mineiros se encontram no ponto de ônibus em Cocalinho para uma pescaria.
- Então cumpade, tá animado? pergunta o primeiro.
- Eu tô, home!
- Ô cumpade, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
- É que tô levano uma pingazinha, cumpade.
- Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!
- Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a dô.
- É... e na outra sacola, o que qui tá levano?
- É a cobra, cumpade. Pode num tê lá...


MINEIRIM COMPRANDO PASSAGEM

O mineirin vai a uma estação ferroviária para comprar um bilhete.
- Quero uma passage para o Esbui - solicita ao atendente.
- Não entendi; o senhor pode repetir?
- Quero uma passage para o Esbui!
- Sinto muito, senhor, não temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:
- Olha, Esbui, o homem falou que prá ocê não tem passagem não!



A PESQUISADORA E O MINEIRIN

Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho perdido no interior de Minas.
- Essa terra dá mandioca?
- Não, senhora. - responde o roceiro.
- Dá batata?
- Também não, senhora!
- Dá feijão?
- Nunca deu!
- Arroz?
- De jeito nenhum!
- Milho?
- Nem brincando!
- Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
- Ah! ... Se plantar é diferente..

Causo Mineiro

O caboquim cordô cêdo, ispriguíçô, lavô as mão na gamela,
limpô uzói, sinxugô, tomô café, pegô a inxada, sivirô pra muié
I falô:
- Muiééé, tô inoprotrabaio.

Quano q'êle saiu da casa, ao invêiz dií prá roça, ele subiu num pé di manga I ficô iscundidim.
De repente pareceu um negão, e foi inté upé di manga
I nem si percebeu q'o caboquim tava lá inrriba.
Pegô u'a manga... chupô, pegôta, I mais ôta...,

I a muié du caboquim chegô na janela e gritô:
- Póvim, ele já foi!
I o negão largô as manga
I sinfurnô dendacasa du caboquim.
O caboquim, danado de ráiva, desceu da árvre, pegô um facão
e intrô na casa.

Quandele abriu a porta ele viu o negão chupano as teta da muié,
intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê negão!!!

E num é cunegão puxô um 38 da cintura, I pontô pro caboquim falano:
- Por que eu vou morrer?
E o cabuquim:
- Uai cê chupô trêis manga e agora tá mamando leite.
Assim cê vai morrê, manga cum leite faiz mar, uai!!!

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