UMA CRÔNICA PARA SE REFLETIR MUITO...
Talento sem cérebro.
Jogador de futebol talentoso, no mundo globalizado de hoje, existe muito. Mas, com cérebro, conheço muito poucos...
Ronaldo, o homem de 300 milhões na conta
Ronaldo não gostou de ouvir no rádio quando um repórter disse que Roberto Carlos é muito mais simpático, fala com todo mundo, não se nega a dar entrevista, ao contrário de outros que são um “Fenômeno de falta de Educação e Gentileza”.
O atacante sentiu a alfinetada na hora e disparou: ”Tenho 300 milhões no banco e não preciso dar entrevista para ninguém”
É verdade. Tanto os milhões no banco como o fato de não ser obrigado a dar entrevista para ninguém.
É um direito do Fenômeno.
Ronaldo é um homem rico e faz disso uma virtude.
Bom para ele que tem dinheiro.
Tomara que tenha o triplo. Deus que o ajude e que não nos desampare, como dizem por aí.
Ele é garoto propaganda de várias empresas e embolsa uma quantia inimaginável para a grande maioria dos mortais.
Diga-se de passagem ele faz juz a tudo isso. Deve dar retorno aos seus anunciantes, senão não ganharia tanto.
Muita gente neste mundo globalizado compra produtos só porque este ou aquele astro anunciou.
Jamais comprei alguma coisa por causa disso. Devo estar na contramão da história.
Não me iludo muito com esses anúncios fáceis e com sorrisos forçados. Sei lá. Tem gente que pagando bem vende a mãe e entrega.
Estive no início do ano nos Estados Unidos e até visitei a Loja da Nike, em Orlando, mas não comprei nada. Havia muita coisa em oferta.
Mas lembrei do garoto propaganda já tão rico e que também muito daquele material é feito pelas mãos de chineses escravizados.
O trabalho escravo é usado pela multinacional para aumentar seus lucros. Paga pouco e ganha muito.
Como ela já está rica, fiz igual ao Ronaldo faz com grande parte da imprensa.
Eu não preciso da Nike e nem ela de mim. Nisso estou parecido com o Fenômeno. Mas só nisso e na barriga acima do peso.
Não tenho 300 milhões na conta. Jamais terei e sinceramente acho que me perderia, não saberia o que fazer com tanto dinheiro.
Talvez ficasse marrento, mais chato do que já sou, me achasse melhor que os outros e pensasse que todos que tem menos são inferiores.
Sou um desvirtuado. Bem feito. É isso que dá ser pobre.
Luís Carlos Quartarollo
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